Quem conviveu com o Frei Rogério na Paróquia Nossa Senhora Aparecida pode testemunhar a sua extrema devoção a vida sacerdotal.
Um exemplo de vida e de comunhão doutrinária com a Igreja.
Seu testemunho e orientação espiritual guiou os passos de muitos fiéis. (Eu me incluo nestes)
Lembro-me de uma cena de minha vida de adolescente, quando com 14 anos, fui a paróquia orar aos pés do Santíssimo e ao entrar na Igreja fui abordado pelo Frei Rogério que me fez a seguinte pergunta: "Menino, você não quer participar de um encontro vocacional no Seminário em Piracicaba?"
Mesmo para os que frequentam a Igreja, esta palavra tinha um peso espiritual muito grande para um menino de 14 anos como eu. Mas a minha paixão por Jesus e pela Igreja era tamanha que sinalizei positivamente ao Frei. Nenhuma palavra ressoei. E ele disse a segunda frase: "Vou falar com seus pais."
Foi um dos retiros mais espiritualizados que participei em minha vida e, por incrível que pareça, encontrei minha vocação: casar.
Lembro ainda do retorno. Tinha que falar isso ao Frei.
Tomei coragem e disse: "Frei minha vocação é o casamento."
Surpresa: ele sorriu. E muito.
Vou guardar (como guardei) esta cena pro resto da minha vida.
Ele me encaminhou para ser catequista.
Abriu as portas para a minha vida pública.
Abençoou-me quando lhe perguntei o que achava de ser candidato a vereador pela primeira vez e me disse: "A outra forma de ser sacerdote é ser político. Isso não sou eu que to te dizendo é a Igreja que ensina."
50 anos de vida sacerdotal não é pra qualquer um. Somente alguém que realmente tem a vocação e é apaixonado por Jesus e pela Igreja é que faz de sua vida um verdadeiro evangelho.
O Frei Rogério é esse.