sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Sobre o funcionalismo

O post sobre a mudança de referência para a classe dos advogados da Prefeitura está repercutindo.

Alguns funcionários nos pararam na rua, nos ligaram pedindo melhores explicações, além de amigos que nos enviaram e-mails e pessoas do meio político interessados no assunto.

Então resolvi explicar melhor.

Quando surgiu a idéia do cartão alimentação para o funcionalismo em 2009, a necessidade de melhoria salarial era desesperadora. Mas não se tinha o que fazer em função do limite prudencial  de 51% da folha de pagamento da Prefeitura. No caso de Dracena, estourava em 53%. Caso batesse em 54%, as contas do Prefeito seriam rejeitadas automaticamente.

Tem toda uma contabilidade aí nesse meio. 

Mas trocando em miúdos: aumento de salário de jeito nenhum.

É, então, a grande idéia do cartão alimentação que seria ajustado gradativamente com a inflação num período de cada 3 meses.

Esta é a Lei que rege até hoje. 

Detalhe: o atual Prefeito não a cumpre desde que assumiu. O valor do cartão alimentação ainda é o de 2012. O valor: R$ 164,00 (e mais alguns centavos que não me lembro por hora).

Foi preciso um enxugamento ao máximo nas Secretarias e, principalmente, nos cargos em comissão para que o percentual pudesse cair ao limite prudencial (51%) novamente.

É então que entra o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. No ano de 2009, o cartão alimentação era entendido como um benefício ao funcionário. Hoje, o mesmo Tribunal, entende ser extensão salarial. Portanto, em 2009, não era necessário pô-lo na folha de pagamento. Já hoje, SIM.

Este apontamento começou a ser feito a partir de 2013 sobre as contas do ano anterior (2012). Sendo assim, o Prefeito assumiu a cadeira sabendo que o cartão precisaria entrar na folha de pagamento. 

Ele fez uma opção: NÃO PÔS. Continuou como era na gestão passada e aí fez mais uma opção: quer discutir esse assunto jurídico-contábil no próprio Tribunal.

Somado a isto, tem o fato, inegável, dos cargos em comissão. Não nego o fato de serem importantes para a engrenagem da máquina pública. Mas questiono a quantidade, como sempre fiz.

Nesta linha de raciocínio, caso o Prefeito perca a discussão jurídico-contábil no Tribunal terá consequências das opções que fez: 

1. Suas contas serão rejeitadas e perderá seus direitos políticos por 8 anos, caso a Câmara mantenha o parecer do Tribunal.

2. Terá que devolver a quantia total do cartão alimentação para os cofres públicos.

3. Terá que CORTAR de IMEDIATO 40% dos CARGOS EM COMISSÃO para que a folha de pagamento volte ao limite prudencial e, com isso, terá que optar por qual grupo político queira manter (devido a seus acordos). Isso fará com que ele perca sua base na Câmara.

4. Terá que incluir o gasto do cartão nas contas rejeitadas e um novo cálculo será feito, o que vai explodir as contas da Prefeitura, ocasionando devolução do dinheiro público. Quem arca com isto? O Prefeito. E aí pergunto, ele vai cobrar dos cargos em comissão a devolução do salário? E estes aceitarão?

Tudo o que estou relatando e explicando está em uma linha de raciocínio a partir da opção que o Prefeito fez por não incluir o cartão alimentação na folha de pagamento da Prefeitura.

O contrário também vale: caso ganhe a discussão, segue-se a vida, pois a opção foi acertada.

Por fim, fico pensando, quanto o Prefeito dará de correção inflacionária e aumento real ao funcionalismo em março, pois a folha de pagamento está, novamente, beirando a 53%. E não é por causa do cartão alimentação.

Imagine, então, por que está neste percentual......

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Prefeito muda referência dos advogados da Prefeitura

Na sessão de segunda feira o Prefeito enviou projeto de lei para a Câmara mudando a referência dos advogados da Prefeitura, consequentemente, salários aumentados.

Parabéns ao Prefeito que está sendo sensível aos apelos dos servidores municipais.

Fui a Tribuna e disse isso. Nada mais justo do que valorizar os funcionários efetivos já que, o próprio Prefeito quando vereador, chegou a dizer na Tribuna que o salário dos funcionários públicos municipais era um salário de fome".

Espero muito dele agora que tem o "poder da caneta". Os funcionários então, nem se fala.

Agora, com esta atitude, espero que venham tantos outros projetos valorizando os demais funcionários.

Digo isso, pois antes da sessão, tivemos três reuniões com servidores municipais: os próprios advogados e mais os fiscais e os funcionários da Sec. da Educação de suporte pedagógico.

Todos com o mesmo pedido: mudança de referência, consequentemente, aumento salarial.

Alguns pontos são interessantes para a análise.

1. O Prefeito não colocou em nenhum balancete da Prefeitura do ano de 2013 o cartão alimentação dos funcionários, apesar dos apontamentos e alertas do Tribunal de Contas dando conta de que era direito adquirido, portanto salário dos funcionários. Prefere discutir isto com o Tribunal. Se ganhar, ponto para o Prefeito, se perder, suas contas serão rejeitadas e perderá seus direitos políticos, caso a Câmara mantenha o parecer do Tribunal.

2. Não entendi o porquê a notícia deste projeto, que foi votado em regime de urgência, não foi noticiado na imprensa municipal. Eram três os projetos em regime de urgência. Dois foram noticiados e logo este que tratava de mudança de referência de um setor do funcionalismo não. JUSTO ESTE QUE MOTIVARIA OS DEMAIS FUNCIONÁRIOS A SE UNIREM POR MELHORIAS SALARIAIS.

3. Será que o Secretário de Governo, advogado efetivo da Prefeitura e também sobrinho do Prefeito, estaria pensando já em seu retorno a função no futuro?

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Retorno aos posts do blog

Olá amigos e seguidores deste blog.

Depois de um período sem postar no blog, estamos retornando com muitas notícias, comentários e publicações das mais variadas, destacando sempre nosso trabalho como professor e vereador.

Há uma semana já retomamos nosso trabalho na escola Julieta Guedes e hoje estaremos na Câmara para a primeira sessão de 2014, já com indicações e, possivelmente, com fala na Tribuna.

Os resultados postaremos por aqui.

Abraços a todos.

Prof. Juliano.